segunda-feira, setembro 18

Vai passar...

Eu acho que eu tenho direito a pelo menos um post deprimido, choroso, doloroso, de coração partido e descrença no mundo...entao lá vai...Mas em vez de ficar me lamuriando, chorando enquanto digito, me sentindo burra e idiota, relembrando momentos e conversas ou contando o que aconteceu...vou só deixar um texto que uma amiga me mandou, e acho que ele serve pra todas as ocasiões.

"Calma.Vai passar.

Olhe, não fique assim não, vai passar. Eu sei que dói. É horrível.
Eu sei que parece que você não vai agüentar, mas agüenta.
Sei que parece que vai explodir, mas não explode.
Sei que dá vontade de abrir um zíper nas costas e sair do corpo porque dentro da gente, nesse momento, não é um bom lugar para se estar.(Fernando Pessoa escreveu, num momento parecido, "hoje não há mendigo que eu não inveje só por não ser eu")

Dor é assim mesmo, arde, depois passa.Que bom.Aliás, a vida é assim:arde, depois passa.Que pena.A gente acha que não vai agüentar, mas agüenta:as dores da vida.

Pense assim:agora tá insuportável, agora você queria abrir o zíper, sair do corpo, encarnar numa samambaia, virar um paralelepípedo ou qualquer coisa inanimada, anestesiada, silenciosa.Mas agora já passou.Agora já é dez segundos depois da frase passada.Sua dor já é dez segundos menor do que duas linhas atrás.

Você acha que não porque esperar a dor passar é como olhar um transatlântico no horizonte estando na praia.Ele parece parado, mas aí você desvia o olho, toma um picolé, lê uma revista, dá um pulo no mar e quando vai ver o barco já tá lá longe.

A sua dor agora, essa fogueira na sua barriga, essa sensação de que pegaram sua traquéia e seu estômago e torceram como uma toalha molhada,isso tudo - é difícil de acreditar, eu sei - vai virar só uma memória, um pequeno ponto negro diluído num imenso mar de memórias.Levante-se daí, vá tomar um picolé, ler uma revista, dar um pulo no mar.Quando você for ver, passou.

Agora não dá mesmo pra ser feliz.É impossível.Mas quem disse que a gente deve ser feliz sempre?Isso é bobagem.Como cantou Vinícius:"É melhor viver do que ser feliz".Porque pra viver de verdade a gente tem que quebrar a cara.Tem que tentar e não conseguir.Achar que vai dar e ver que não deu.Querer muito e não alcançar.Ter e perder.Tem que ter coragem de olhar no fundo dos olhos de alguém que a gente ama e dizer uma coisa terrível, mas que tem que ser dita.Tem que ter coragem de olhar no fundo dos olhos de alguém que a gente ama e ouvir uma coisa terrível, que tem que ser ouvida.A vida é incontornável.A gente perde, leva porrada, é passado pra trás, cai.Dói,ai,eu sei como dói.Mas passa.

Tá vendo a felicidade ali na frente?Não, você não tá vendo, porque tem uma montanha de dor na frente.Continue andando.Você vai subir, vai sentir frio lá em cima, cansaço.Vai querer desistir, mas não vai desistir, porque você é forte e porque depois do topo a montanha começa a diminuir e o unico jeito de deixá-la pra trás é continuar andando.

Você vai ser feliz.

Tá vendo essa dor que agora samba no seu peito de salto de agulha? Você ainda vai olhá-la no fundo dos olhos e rir da cara dela.Juro que tô falando a verdade.

Eu não minto.Vai passar."

quarta-feira, setembro 13

Corredores de papéis

Acho legal quando acontece de visitar lugares que nunca tinha ido antes (acho que todo mundo) mas pricipalmente quando não espero...às vezes acaba sendo uma agradável surpresa, em meio ao caos e rotina do dia a dia.

É meio sem noção o que eu vou escrever, mas achei particularmente muito legal. Por causa da minha monografia, tive que colher informações sobre pacientes do hospital universitário, então lá fui mexer em pilhas e pilhas de prontuários.

Acho que nao tinha muita idéia de como seria, só sei que me vi entretida e me divertindo horrores tendo que procurar mais de 100 prontuários por número, seguindo uma lógica de ordem que depois me acostumei, e me perdendo no meio dos corredores com cheirando a papel velho, com prateleiras que ultrapassam a minha altura e poderiam ser empurradas, tudo isso iluminado por uma clarabóia no teto.

Todo esse ambiente me deu uma sensação de nostalgia que nao deveria existir, nunca havia ido num lugar assim, acho que eu quase me senti em um livro, algo meio Harry Potter, em meio as prateleiras gigantescas de uma biblioteca que só existe na minha imaginação. E quando eu me entretia adentrando nos corredores com pilhas e pilhas de papeis, lembrei que ali era um hospital, onde pessoas morriam, e num passe de mágica, tudo tomou um ar sombrio, a luz vinda da clarabóia passou a formar sombras, e mesmo assim o local ainda era divertido.

E tudo isso...foi pq eu precisava de informaçoes sobre os pacientes...às vezes eu tenho medo da minha imaginação...mas mesmo assim nao trocaria ela por nada no mundo...

segunda-feira, setembro 11

Comédia da vida privada 2

Não sei nem bem se o título comédia está empregado corretamente...pq até agora eu ainda to chocada com o ocorrido de hoje da academia (sempre acontece alguma coisa de surreal nessa academia, parece até episódios de malhação hehehe), eu consegui rir, é o tipo de coisa surreal que acontece comigo, mas ainda estou chocada. Vamos aos fatos...

Bom, antes de mais nada, só fazer alguns comentários...e também pra manter o suspense...Há um tempo, conversando com uma amiga (que é muito guti guti hahahaha) sobre coisas toscas de academia, falamos sobre as pessoas sem pudores que andam desnudas pelos vestiários. Tipo, por mim tudo bem, cada um anda pelado onde bem entender, mas convenhamos, não deixa de ser constrangedor você entrar toda tranquila no vestiário pensando nos acontecimentos do dia e PÁ! dá de cara com alguma mulher trocando de roupa, isso me deixa constrangida. Aconteceu acho que só uma vez, mas fiquei constrangida pro resto da minha vida. Você fica sem saber pra onde olhar e ainda tem que agir como se fosse a coisa mais normal do mundo vc ver estranhas peladas, e ainda responder os "boa noite" delas.

Enfim, nada desse naipe havia acontecido, no máximo visões indesejadas de posições indesejadas de rapazes indesejados (mas já teve visões desejadas de posições desejadas de rapazes desejados tb, o que dá um certo equilibrio na coisa e não me faz reclamar). Nada havia acontecido...até o dia de hoje.

Ao terminar a aula de Spinning, fui no vestiário trocar a camiseta, que fica pingando, pra poder ir embora. E uma mulher que tava fazendo a aula também foi pro vestiário, é sempre inevitável essas conversas tipo "ah a aula foi massa!" "ah eu to viciada em spinning" "ah eu comecei há nao sei quantas semanas, no primeiro dia quase morro" e essas conversas jogadas foras só pra ser simpática. Eu to lá, trocando de camisa (eu tava de top, então nao estou na lista das exibicionistas despudoradas do vestiário) e conversando com a mulher e quando eu me espanto, a mulher entra na cabinezinha do banheiro pra fazer as necessidades dela...e não fecha a porta!!!!!! e continua me contando como ela gosta da aula de spinning!!!! e de porta aberta!!!!! e ainda tinha o barulhinho dela fazendo o que tinha ido fazer!!!!! e continuou conversando!!!!!! com a porta aberta!!!!!!!! A porta!!!!!!! aberta!!!!!!!! E eu nem podia correr!!!! pq ela continuava conversando!!!!!! E eu sem saber pra onde olhar e agindo como se fosse a coisa mais normal do mundo ver pessoas fazendo suas necessidades na minha frente!!!!!!

Enfim...se vc está acostumado a vivenciar pessoas fazendo as suas necessidades de porta aberta na sua frente, ou se vc faz isso com frequencia...tudo bem, pode me chamar de antiquada, reprimida, travada, pudorosa, envergonhada, seja lá o quê...pq eu continuarei com as portas fechadas, ainda mais agora...

quarta-feira, setembro 6

Minha primeira garrafinha de Gatorade



Hoje aconteceu um marco na minha vida, tomei a minha primeira garrafa de Gatorade, indicada pela nutricionista, já que eu tava tendo cãimbras do nada...hehehe. Horrível, cheguei a acordar umas duas noites no meio de um sonho morrendo de dor na perna.

E é incrível o poder da imagem das coisas, foi só colocar a garrafinha de Gatorade no negócio da bicicleta enquanto eu fazia Spinning que pronto, eu me senti capaz de pedalar até o fim do mundo, ou pelo menos até a garrafinha acabar hehehe. Me senti a própria rata de academia, se bem que eu já me tornei uma, acho que o Gatorade ali olhando pra mim, só fez confirmar.

Mas sabe, até que nao tenho o que reclamar. Adoro a academia, não acho chato ir, gosto do pessoal de lá, o clima é divertido. E eu estou oficialment viciada, a prova é que vou me tocar pra academia 8 da manhã de 7 de setembro (tudo bem que tem ainda o incentivo extra de um amigo).

Pensando na garrafinha de Gatorade, vi como certas coisas mudam, e não to falando só fisicamente. Nesses dois meses, muitas coisas mudaram na minha vida, principalmente na minha personalidade. Não...nao personalidade, no jeito de reagir a certas coisas, pq personalidade nao dá pra mudar, e no fundo eu sempre serei uma nerd. Mas eu reconheço que to mais chata, mais sarcástica, dando mais importancia pra mim e menos pra certas coisas e pessoas, algumas atitudes que há 2 meses partiriam meu coração, hoje eu acho graça e me fazem rir...

Será que é verdade que a gordura é q deixa as pessoas mais bondosas e engraçadas? Será que no final das contas eu me tornarei uma magra rancorosa? Ahhhh acho que no fundo não, sempre existe alguma coisa no mundo pra eu achar graça e como eu disse, sempre serei uma nerd. Afinal, nerds nunca deixam de ser nerds, eles só se disfarçam.

Ah...e o Gatorade é ruim pra caramba, mas como eu tava me acabando de pedalar, foi a melhor bebida que poderia ter tomado na hora...e vamos ver se dá jeito nas cãimbras malditas.

terça-feira, setembro 5

Frustração...

Hoje eu senti na pele como Lex Luthor no final dos filmes do Superman, ou como o Cebolinha quando o seu plano infalivel era sabotado pelo Cascão, ou como o coringa quando o Batman cortava o barato dele, ou como o Dick vigarista quando o carro dele quebrava na corrida maluca, ou como Anakin tendo os braços e as pernas cortadas pelo Obi-wan, ou como o Gargamel quando os smurfs terminavam o dia cantarolando aquela musiquinha, ou como o Dr. Robotinik quando o Sonic soltava os bichinhos presos, ou como o T-1000 quando o Schwarzenegger fala "Hasta la vista, baby"...

Eu hoje tinha um plano maligno, um plano infalivel, uma maldade sem fim para ser realizada...mas foi tudo por água abaixo e como nunca antes na minha vida eu simplesmente tive vontade de apontar os punhos para o céu e dizer "Não!!! Mil vezes não!!!!"

Fiquei com pena dos vilões tb...