quarta-feira, julho 11

Minha Tatuagem

Pois é...agora eu tenho uma tatuagem, como esses hippies do reviver, esses metaleiros de show do angra, essas patys com coraçõezinhos no ombro e estrelinhas na nuca, como o gado de fazenda marcado...hehehe

Eu sempre quis fazer uma tatuagem, mas a condiçao é que quando eu criasse coragem e tivesse razão pra fazer uma, teria quer ser algo único e algo significativo para mim. E a verdade é que eu nunca tive que pensar muito, a única coisa que eu conseguia pensar era numa molécula de DNA. A molécula da vida, onde todas nossas informações estão guardadas, a ordem na base das coisas. Teria como escolher outra coisa?

E olha que eu juro que até tentei me engraçar com uma borboletinha, bonitinha, que parecia um desenho de carvão...mas a tal borboletinha nao me convenceu, eu ia acabar encontrando uma parente dela algum dia da minha vida, e ia acabar ficando injuriada e com raiva da minha borboleta.

Confesso que nao foi tao rápida a decisão, se bem que do jeito que eu costumo ser, foi uma revolução. Depois de decidido o que eu queria, fui sozinha, na cara e na coragem, com milhares de desenhos de DNA até o estúdio de tatuagem. Que já meio que quebrou minhas expectativas, pq era muito limpinho e muito arrumadinho pra um estudio de tatuagem. Imaginava encontrar um tatuador com barbicha, com tatuagens a vista espalhadas pelo corpo, cabelo estranho e piercings por todo o corpo. Mas não, ele era bem simpático e atencioso, de uma tranquilidade impressionante e se passava tranquilamente por alguém que tem horror a arte no corpo. E ele, ao ver pq queria uma tatuagem, acabou abrindo uma exceção e marcou um horário para o dia seguinte.

A noite anterior foi um sufoco, eu ficava olhando para o lugar e imaginando o desenho lá. E pensamentos do tipo "é pra sempre, nunca vou poder tirar" ficavam me assombrando, mas eu queria, estava decidida, melhor dia impossivel, e cheguei lá no dia seguinte firme e forte, mas morrendo de medo.

O tatuador fez um desenho baseado nos que eu levei, que ficou lindo, mas maior do que eu imaginava. Mas se diminuísse a qualidade também ficaria menor, e num momento súbito de "se é pra fazer uma coisa errada, faça direito" eu disse pra ele deixar daquele tamanho mesmo.

O momento mais lindo de todos, foi quando ele colocou músicas de Dave Matthews Band pra tocar, que teve duas utilidades muito importantes, uma foi a de marcar esse momento tao importante com músicas tao significativas pra mim e outro, eu cantava as músicas pra me distrair da dor.

Eu tava com medo de doer, muito mesmo...sempre fui frouxa pra essas coisas, mas até que nao doeu (tanto). Algumas horas eu prendia a respiração pq era uma dor ruinzinha, mas confesso que teve uma hora que até dei uma cochiladinha. E depois de uma hora e meia, eu tinha minha tatuagem, meio nerd assim como eu, meio paty assim como eu, meio escondida e meio esparrosa. Minha tatuagem! Meu DNA...Pra eu sempre lembrar.

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